Um (qualquer) feminismo?
Por mail, chega-me este vídeo acompanhado de uma provocação: será a letra e o girl power presentes - ainda que filtrados pelo consumismo -feministas?
Que responderiam?
É favor ouvir risinhos e gritinhos quando se cuscar as cusquices. É que blogue de gaja que se preze (é redundante como se vê) tem banda sonora e é cor-de-rosa. Até aqui, estamos bem! Continuemos, pois.
Por mail, chega-me este vídeo acompanhado de uma provocação: será a letra e o girl power presentes - ainda que filtrados pelo consumismo -feministas?
Que responderiam?
3 comentários:
Responderia que, pelo lado do consumismo, não há concretização feminista. Qualquer estratégia consumista reproduz desigualdades, de uma maneira ou de outra... A verdade é que a imagem da amazona, forte e dominadora, capaz de dizer que "não precisa de homens", é um icon sexual com bastante poder de difusão. Agrada ao mais primário dos marialvas e deixa tudo exactamente como está. Males do "feminismo reactivo"!
poluição sonora e visual! criaturas ridículas!
Uma mensagem pró-independência feminina é uma mensagem pró-feminina. A lógica d@ safo só implica que há zero que a cultura pop possa fazer bem: se as mulheres são submissas é machismo; se as mulheres afirmam independência é machismo - parece um pessimismo desmedido quanto à cultura mainstream que é pouco útil. Até porque se agrada aos "marialvas" não é em si um argumento contra; nada impede conseguir uma coisa ao mesmo tempo que jogando com a outra.
Se bem que isto se insere numa tradição pop de já uma década e coiso que tem algumas manifestações agressivas, especialmente no que toca a r'n'b, na medida em que há casos que quase roçam no misândrico.
Mas isto? Mensagem artificial se tendo em conta a natureza da banda em si, possivelmente. Mas não deixa de parecer em bom espírito.
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