going back home
Diz mesmo “às mães”?!
Claro que diz! Bem sabemos que a ligação da mãe com o rebento é coisa que pai não alcança; sabemos que a mãe tem o instinto de cuidar das crianças; sabemos que é natural que as mães sejam mais cuidadoras, atentas, carinhosas com os filhos e filhas. A natureza dócil e generosa fez das mulheres educadoras.
Toda a gente o sabe! Como negá-lo?
Então que fique a mãe em casa, a dedicar toda a sua inteligência e emotividade aos rebentos. Que estude apenas o que possa ser útil aos filhos e filhas; para poder ajudá-los/as nos trabalhos de casa; que vejam apenas desenhos animados para ter acesso ao imaginário das suas crianças; e que não trabalhem. Isso seria um passatempo muito perigoso para as crias. Já o pai –toda a gente sabe- não se pode dedicar a essa tarefa. Tem de caçar; trazer o sustento para casa. Pode até não passar nenhum tempo em casa, desde que a sustente e crie as condições físicas e materiais necessárias para que a mamã eduque as crianças. Estas estão já habituadas à ausência do papá. Ter o papá em casa é que podia ser perigoso. Que raio de modelo de masculinidade seria esse? Imagine-se as confusões que criaria aos pequenos e pequenas… não queremos que as nossas crianças cresçam confusas. Queremos que tenham tudo em gavetas, bem definido; queremos que saibam desde novas quais os papéis que assumirão quando crescerem. Isso tem já de ir definido, senão o que seria do nosso mundo, senhor?
Vá, mamãs, já chega de brincar a gente grande que trabalha.
Vamos mas é para casa fazer o que melhor sabemos!