Um brinde à camelice
Este caro senhor – fruto do tinto? – só pode pensar aos soluços. Do alto do seu superior conhecimento, cospe ironicamente: “É sem dúvida lamentável que a gente que escreveu o Antigo Testamento entre o século X e o II a.C. não conhecesse e privasse com a dra. Augusta e o dr. Mário Soares, para vantagem da humanidade e da correcção política. Sobretudo, como hoje se constata, a ausência da dra. Augusta (e do PS) foi trágica”.
…e fico a pensar: ele escreveu mesmo esta medonha estupidez?
Não só quer passar um atestado de estupidez aos citados como a nós. Alguém acreditará que estas (re)escritas e (re)leituras de textos sacros esquecem o momento histórico em que foram concebidos? Ah… espera lá: há mesmo. Há quem aplauda, até, esta barbaridade. Por isso é que ele tem como continuar a pagar os copos.
Senhores (da terra - que se querem confundidos com o dos céus, amén), o que estas análises pretendem é, precisamente, mostrar como os textos se circunscrevem no tempo. Trazer à lupa essa distância. Desmontar essas visões. Denunciar motivações económicas, políticas… - ocultas e ocultadas.
O que os caríssimos senhores querem tacanhamente censurar é que a religião – mesmo para quem nela não acredita – não fica fechada nas igrejas.
É óbvio que a religião é pilar da (nossa) cultura! É óbvio que é pilar das representações actuais das mulheres! E é óbvio que é preciso desvendá-lo.
Ou deveria ser; afinal, falamos Dos esclarecidos.
Thim, tchim!