Era uma vez...
...um Reino chamado Bué Bué Longe, onde vivia Fiona, a Branca de Neve, a Bela Adormecida, a Cinderela, sua irmã (transsexual?) e outras afamadas personagens dos contos de fadas. Um dia, enquanto bebiam chá e partilhavam as agruras da vida de princesa (ou fada – do lar), foram capturadas e encarceradas por um senhor muito mau que queria ser rei de Bué Bué Longe. Apesar de desconfortável, aquela não era situação que lhes fosse assustadora; sabiam que - a história e as estórias sempre lho disseram - algures, os seus príncipes galopavam para o final feliz. Mas Fiona – uma Ogre (só podia ser uma gaja verde) – não queria ser apenas uma boazona, meiga e passiva à espera da salvação. Sem precisar chorar nem mostrar as mamas – parece que há gajas que sabem, imagine-se, argumentar - Fiona convence as princesas a lutarem pela sua liberdade (libertação?). A partir daí, é vê-las a camuflarem-se, a rasgar os vestidos e a deixarem a nu as suas tatuagens. Pelo meio (abençoado cliché), há um soutien queimado. E lá vão elas – escapando ao Mulheres Contra Mulheres – derrubar muros, espancar soldados e chegar a tempo de salvar o Shrek. Tudo isto com Led Zeppelin – qual Zeca Afonso – dando som aos dias-já-não-mais-silenciosos.
E eis que chega o fim. Do que se espera um início. É que, como diz Sérgio Godinho, é de pequenino que se torce o destino.
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