quarta-feira, setembro 3

E foram felizes para sempre

Queridas cuscas e cuscas das cuscas,
Preciso da vossa sábia ajuda para resolver uma pequenina questão. Claro que não é uma questão minha. Não! Nada disso. É a questão, digamos… de uma amiga.

Prólogo
Essa amiga tem um amigo desde a adolescência, com quem partilhou muitas descobertas dessa empolada fase de vida; desde a passarem férias juntos, a dar um pé de dança aos fins-de-semana, a deixarem-se atropelar pela bebida, a conversar, a encontrarem-se todos os dias no café da terrinha – que mais parecia a sala de estar das casas de cada pessoa daquele grupo de amigos – ou a ter jantares de casais [pois, esqueci-me desta parte: ele começou a namorar com uma rapariga e ela com outro rapaz]. Continuavam a encontrar-se, em grupo, a jantar juntos, a estar no café, dar uns mergulhos juntos no verão and so on.
Nunca falaram daquele verão em que uma espécie de atracção parecia meter-se entre os dois. Sempre souberam que era fruto de verão e, contraditoriamente, verde – não passaria daquilo, nem tinham realmente vontade de saber se passaria daquilo. O fruto apodreceu. Já não se lembrava(m) dele. Ela (a minha amiga, não se esqueçam) e a namorada do amigo (designação possível, já que a dita bem pode ler este blogue ou ter agentes infiltradas) davam-se bem. Sem grandes cumplicidades (que nada tinham que ver com ele), mas sentiam-se confortáveis na partilha da mesa do café ou de um jantar (um deles chegou, até, a ser em casa da tal namorada). Ela (ainda a minha amiga) deixou de namorar e, milagre dos milagres, parece ter-se transformado num monstro que criava na namorada do tal rapaz um igual monstro, mas amarelo [hum... espero que amarelo faça lembrar ciúme; bem, elas percebem]. À minha amiga, as coisas costumam passar-lhe ao lado. Dizem que é distraída; eu digo que deve ter mecanismos de defesa bem afinados e não chega a aperceber-se porque o que não lhe interessa é recalcado. Continuaram, então, a encontrar-se esporadicamente. A minha amiga notava qualquer coisa de murcho no tom do rapaz – logo ele que costumava ser exuberante e estridente – mas achou que era só naquele dia. O que não se apercebeu foi que aquele dia estava a ser todos os dias, desde há algum tempo.
Certo dia, ouviu a minha amiga dizer, ele e a namorada iam casar. Ela - a minha amiga - perguntou ao rapaz, na tal distracção que a caracteriza, se era verdade (sim, ela achava que não sabia porque podia não haver casamento marcado ou, a haver, ainda não havia convites oficiais). Ele disse que sim, num tom notoriamente mais discreto do que lhe era característico. Ela ficou admirada – ele nunca havia falado em casamento ou, a falar, fazia-o num tom de troça e de coisa-distante. Meses depois, ela (sim, a minha amiga) soube que todas as amigas do grupo (mesmo aquelas com quem a noiva não ia jantar, nem partilhava mesa de café, nem nem) tinham sido convidadas. A minha amiga – que mesmo a distracção tem os seus limites – “caiu em si”: não ia ser convidada para o casamento do amigo.


Vamos ao que interessa
Bem, a minha amiga sentiu-se um bocado estúpida: por ter perguntado se iam casar (quando eles já sabiam que não a iam convidar), por ter tentado fazer conversa com a rapariga, a ver como corria o início da vida profissional da noiva [gosto da palavra noiva! ]… enfim, sentiu-se estúpida não por não ter sido convidada (esse adjectivo era para o noivo – ele é que era seu amigo), mas por não se ter apercebido disso mais cedo e por, até se aperceber, continuar a agir da mesma forma com os dois. Agora, o que é que ela pode fazer – e aqui entram vocês:


  • Enviar um naperon bem piroso, como prenda de casamento, e um cartão todo meloso e com desejos de felicidades para eles?
  • Enviar umas algemas com pelinho cor-de-rosa, com um cartão a dizer "porque sei que gostas, querido X e porque, querida Y, também pareces gostar de o ter bem seguro"?
  • Aparecer na igreja, em trajes de fazer o vestido da noiva corar?
  • Dizer à noiva que sente uma especial e incontrolável atracção por homens casados?

Ajudem lá nos delírios da minha amiga e digam, se fosse convosco – ou com uma amiga vossa ;) – o que vos apeteceria fazer?

Imagem: Ray Caesar

12 comentários:

Anónimo disse...

Fico indecisa entre a primeira hipotese do naperon e a ultima da atracção pelos homens casados...
nn.

kris disse...

bem.. também tou um pouco indecisa...manda la um naperon bem piroso, e no cartão faz um PS...e diz-lhes que homens casados atraem-te muito..lololol...

kris disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
cuskiss disse...

EEEEEEEEEEEIIIIIIIIII!!!
hOMENS CASADOS, NÃO...LLLOOOOOLLLLL!!!!!

Woman Once a Bird disse...

Ora bem, não apoquentaria só a noiva, já que a acefalia é conjunta. E daí daí, o melhor é deixá-los casar descansadinhos, que é castigo suficiente.

cuscavel disse...

Não vale só seleccionar uma ou duas das hipóteses; há que dar alternativas, cuscas!

CusKiss, o seu não é só casado, como - e é o que mais importa - é marido ;)

Woab, só dá gozo apoquentar a noiva porque para ela estou-me a marimbar :) no caso dele, não me dá vontade de gozar porque foi realmente triste o que (não) fez - supostamente, era dele que era amiga.

Woman Once a Bird disse...

De qualquer modo, há lá pior castigo que casar? E nesses termos?

Condessa X disse...

A ideia das algemas é genial, era o que eu faria certamente, com o cartãozinho a acompanhar "porque sei que gostas, querido X e porque, querida Y, também pareces gostar de o ter bem seguro". Muito bad girl, I like it! ;-)

tininha disse...

Oi...!
Como entendo essa tua amiga...e mais, concordo plenamente com ela! Podes dizer-lhe k eu tou do lado dela e k ela não merecia tamanha,tamanha...nem sei o k lhe chamar...!

Beijoka grande

tininha disse...

Oi...novamente!
Pois...esqueci-me da pergunta inicial...tenho uma certa tendencia pra isso...!
Eu no caso dessa tua amiga esperava...pois, a vingança é um prato k se come frio, e não vai faltar oportunidades no futuro pra ela mostrar o seu,justo,ressentimento...

Beijokas

cris disse...

Pois, ha tipos mto tolinhos mesmo...
Nao sei se ainda chego a tempo, mas aqui vai. Por mto tentadoras e divertidas q sejam as alternativas propostas, cuscavel, proponho uma alternativa. A tua amiga telefona ao amigo dela para beberem um cafe, dizendo-lhe que isto seria uma conversa so a dois. Esse cafe tem que ser ja, ou seja, antes do casorio. E ai, cara a cara, diz-lhe tudo o que lhe vai na alma. Se sao amigos, eh assim que as coisas se devem resolver. Consoante a conversa decorrer, e aquilo que apetecer a tua amiga, aparecer na igreja com um vestido *daqueles*, nao fica fora da equacao ;-) Ah, mas sempre sorridente e adoravel, sem dar qq sinal do mais vago ressabiamento, nao va a 'noiva' (arrghh) convencer-se de que querias estar tu no lugar dela. Isso seria catastrofico, ne?

PS. Dp faz favor de nos contares por aqui o desenvolvimento do caso.

pieces of me (Luna) disse...

Bem, eu tenho uma amiga... mas é so uma amiga k beijaria o teu amigo...porque nao gosta de pessoas metidas, nomeadamente a "noiva" do amigo da tua amiga...
Mas tenho também outra amiga que lhe mandava um postalinho juntamente com as algemas a dizer: "para a prenderes na cama e fugires comigo..."em anonimo...

Bem....isto é o lado vingativo das minhas amigas a falar...eu cá, optaria por entrar na igreja com um vestido preto, justo e curto, k insinuasse tudo o que ele havia perdido num tal verao...

Mas isso sou eu...