domingo, junho 22

"Se não aconteceu, podia ter acontecido"

A propósito desta “notícia” no inimigo público, Maria Teresa Horta (MTH) escreveu ao Jornal Público uma carta de indignação e protesto pelo uso abusivo do seu nome e colocação em discurso directo afirmações que MTH não proferiu.

Confesso que achei piada à tal “notícia” do inimigo público. Quando a coloquei aqui, não era em tom de reprovação, senão tê-lo-ia dito. Tudo bem que é apenas um rebuscado uso do estereótipo de sempre (as feministas, os soutiens e tal) mas não deixa de ter a sua piada.
As brincadeiras ditas inofensivas são perigosas, é sabido. Mas perigoso é também não ignorar as piadinhas e dar-lhes uma importância que não têm.
MTH tem todo o direito e razão, no meu entender, para se sentir difamada. Deve ser desgastante colocar o nosso nome em tudo o que tenha a ver com um determinado assunto, mesmo quando “pouco” temos que ver com ele (neste caso, a organização do congresso feminista). E as aspas em afirmações que não foram proferidas é desleal. Mas desleal é todo o inimigo público!

A troca de cartas entre MTH e o jornal, bem como a recusa, por parte deste, do exercício de direito de resposta são alvo das sábias apreciações do provedor do leitor, Joaquim Vieira.


O homem nem vai mal ao “relatar” o sucedido. Mas esse sumarento QuimVi acaba por mostrar o seu, intestinalmente falando, poder. Lá para o final do “artigo” começa a ficar verde e, armado em jornalista do inimigo público, tenta (-tenta-) fazer piadinhas; essas sim: infantis, fáceis e… deixa cá ver… é isso: simplesmente parvas. Como as anedotas sem qualquer piada em que ficamos com pena e envergonhadas/os pela pessoa que as conta:

“Ficará desapontado o leitor que […] espera que o provedor reproduza o conteúdo da nota do IP sobre M.T.H., pois não o fará. Não porque o considere ofensivo para a escritora. O IP apenas faz uma caricatura da sua militância feminista no tom habitual […], não vislumbrando o provedor razões para a indignação da visada ou da sua claque paulista. A sátira pressupõe distanciamento, tolerância, poder de encaixe e um sorriso… mesmo que amarelo. Não que a levem tanto a peito (…)”.

‘pere lá, QuimVi, pode não concordar, mas daí a não ver as razões ou é cegueira ou simplesmente uma visível… deixa lá ver… (só me lembro de sons) ih ôh!

E porque chama as leitoras que expressam o seu acordo com MTH de claque? Era suposto dar uma risadinha? Pois não tem piada. É só… deixa lá ver… estúpido, infantil, menorização e desrespeito pelas leitoras.
E será aquele toque tããããããooooo subtil do peito o que penso? Bem, se é, está no seu melhor, QuimVi. Muito…. Deixa lá ver… inteligente, humorado e desprendido. Tal como as feministas devem ser! Isso é que é levar as coisas com leveza e sabedoria, QuimVi.

E já agora, alguém explica ao senhor que o uso da 3ª pessoa do singular para se referir a si próprio tem direitos de autor da classe futebolística?

QuimVi teve direito ao seu momento brilhante e não defraudou os seus seguidores e seguidoras: ainda intestinalmente falando, cumpriu a missão.
Puxem o autoclismo.

Agora a sério: é tudo a brincar!

terça-feira, junho 10

sex and the shitty

I had been looking forward to seeing Sex and the City, the movie. I did not care if it was the film version of chick-lit or about how (un)feminist it might be. I thought it would be fun. Harmless fun (like the way the show would encourage us to think about sex) and, more importantly, a celebration of women's friendships. Instead it turned out to be little more than charmless puns and a grotesque celebration of women's fashion. Lets face it: the characters of Carrie and company were impossible little boxes (no pun intended) in which no "real" woman would fit. But the movie takes the clichés to the extreme, as if intentionally trying to show exactly how shallow are Carrie (Scary, the fragile fashionista), Charlotte (ain't she sweet; look how sweet she is; oh she's so sweet, there's nothing more to her really, and see: she's the happiest, luckiest, fairest of them all), SaMantha (who's lost touch with herself - she does not even masturbate while spying on the nymphoman next door) and Miranda (I was never really fond of her, so best not say anything). But okay, their friendship runs deep so one is willing to overlook this. A more glaring stereotype is that of Carrie's quick-lets-put-a-black-woman-in assistant (maid), Louise from the South... but maybe they were being ironic. Same goes for all the other others: the comic relief camp gayfriend, the Mexican waiters and/or bellboys... but relax, it's just a movie. I admit, the movie had its moments - there were even parts that made me want to cry (I mean in a good way). It's just a shame that there were only a few parts that really made me want to laugh.

sábado, junho 7

FEMINISTAS MODERNAS VÃO QUEIMAR IMPLANTES DE SILICONE NA GULBENKIAN

De 26 a 28 de Junho vai realizar-se um Congresso Feminista na Fundação Gulbenkian, organizado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), cujas organizadoras prometem não queimar soutiens, para contrariar o estereótipo. "Nós somos mulheres modernas. Vamos destruir o novo símbolo da sujeição da mulher à vontade masculina: os implantes de silicone. Mas como eles são resistentes ao calor, vamos explodir duas tetas falsas, como os taliban fizeram aos dois budas Bamyan", explicou Maria Teresa Horta, uma das feministas envolvidas no congresso. "E aconselhamos vivamente todas as mulheres a verem o filme 'Sexo e a Cidade' e a não comerem pipocas, mas testículos de porco salteados, como forma de mostrar o desprezo pela pseudo- superioridade masculina", concluiu.

Inimigo Público, 06/06/08

sexta-feira, junho 6

Só boas notícias


  • O primeiro doutoramento em Estudos Feministas em Portugal arranca em Setembro na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), revelou hoje à agência Lusa a coordenadora executiva do programa.
    (...) As candidaturas começaram segunda-feira e decorrem até 25 de Julho, segundo o sítio na Internet, disponível em http://www1.ci.uc.pt/geaa/ ...

  • O Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (APE) foi atribuído ao livro "Entre dois rios e outras noites", de Ana Luísa Amaral. ...

quinta-feira, junho 5

Estereótipos: Mulheres Árabes

Mais uma tentativa de acabar com os estereótipos sobre as mulheres árabes!
"We Still have a long way to go, but let us not forget how far we went!"

terça-feira, junho 3

Por baixo de uma grande mulher está um grande homem

Já não bastava os bailaricos em que a filha e o pai trocam alianças como sinal de compromisso da primeira em manter a virgindade até ao casamento;
Já não bastava a fantástica campanha em que um ramo de rosas secas traz uma mensagem como "Não queira que seu futuro marido receba um ramo usado. Mantenha a virgindade";
Já não bastava estas pérolas e ainda nos presenteam com uma destas...



Não seria mais eficaz um cinto de castidade?


Mas a "True Love Waits" não fica pela calcinha; há oração de compromisso e tudo!

RESPONSIVE READING
We Commit to God and Each
Other
(...)
Students: Right now I commit to remaining sexually pure from this day until my wedding day.
Minister: The choice you have made isn’t an easy choice. But it is the very best choice. I will make a commitment to pray
for you.
Parents: When you are faced daily with new challenges, temptations, and responsibilities we will listen and do everything we can so that you can make this commitment a reality.
Students: I commit my body as a living sacrifice, holy and acceptable unto Christ, which is an act of worship.
(...)
Students: We, as students commit ourselves to watch out for each other, and turn away from anything that would intentionally or unintentionally lead each other away from our commitment to wait.
Student Guys: In the plans we make
Student Girls: In the way we choose to dress
Student Guys: In our conversation
Student Girls: and in our time
Students: We commit to this goal of purity and abstinence before marriage.
Minister: Sex is an incredible gift within the marriage covenant but it destroys the lives of those outside God’s plan.
All: We as the body of Christ commit to God’s foolproof plan and the exciting future that we hold in
our hands.
Minister: Amen.
Não apetece dizer (fazer) palavrões?

segunda-feira, junho 2

Feminismo para quê?!

Leila Hussein viu o marido asfixiar e apunhalar a própria filha de 17 anos há cerca de um mês e meio. O homem decidira que a jovem merecia morrer porque tinha desonrado a família ao falar em público com um soldado britânico em Baçorá. Incapaz de suportar a dor de dormir na mesma cama com o assassino da filha, Leila deixou Abdel-Qader Ali, não sem antes ser espancada e deixada com um dos braços partido. Fugiu e recebeu apoio de organizações não governamentais que fazem campanha contra os crimes de honra. Esperava encontrar-se com um contacto que a iria ajudar a viajar para a capital da Jordânia, Amã, a 17 de Maio. O encontro nunca aconteceu. Leila foi atingida com três tiros, disparados por desconhecidos, e morreu no hospital apesar das tentativas que foram feitas para a manter viva.

(...)

Apesar do trabalho das activistas dos direitos das mulheres ser inaceitável na sociedade iraquiana, havendo registo de pelo menos duas mortes, em Fevereiro de 2006, os relatos de Mariam e Faisal, que ficaram apenas feridas, apontam no sentido de uma execução de Leila. "Quando estavam a disparar, concentravam-se nela e não em nós." Leila foi a enterra num funeral organizado por um primo do seu marido e pelo pai de Mariam.
Patrícia Viegas, DN

domingo, junho 1

Junho ao rubro: conferir naquela coisita rotativa ali ao lado

Já não bastava o Congresso Feminista, o Colóquio do CES, o Congresso de Sociologia, a Marcha LGBT ou Congresso de História da Educação e ainda teremos a Spivak na Faculdade de Letras da Univ. Coimbra...