going back home
Diz mesmo “às mães”?!
Claro que diz! Bem sabemos que a ligação da mãe com o rebento é coisa que pai não alcança; sabemos que a mãe tem o instinto de cuidar das crianças; sabemos que é natural que as mães sejam mais cuidadoras, atentas, carinhosas com os filhos e filhas. A natureza dócil e generosa fez das mulheres educadoras.
Toda a gente o sabe! Como negá-lo?
Então que fique a mãe em casa, a dedicar toda a sua inteligência e emotividade aos rebentos. Que estude apenas o que possa ser útil aos filhos e filhas; para poder ajudá-los/as nos trabalhos de casa; que vejam apenas desenhos animados para ter acesso ao imaginário das suas crianças; e que não trabalhem. Isso seria um passatempo muito perigoso para as crias. Já o pai –toda a gente sabe- não se pode dedicar a essa tarefa. Tem de caçar; trazer o sustento para casa. Pode até não passar nenhum tempo em casa, desde que a sustente e crie as condições físicas e materiais necessárias para que a mamã eduque as crianças. Estas estão já habituadas à ausência do papá. Ter o papá em casa é que podia ser perigoso. Que raio de modelo de masculinidade seria esse? Imagine-se as confusões que criaria aos pequenos e pequenas… não queremos que as nossas crianças cresçam confusas. Queremos que tenham tudo em gavetas, bem definido; queremos que saibam desde novas quais os papéis que assumirão quando crescerem. Isso tem já de ir definido, senão o que seria do nosso mundo, senhor?
Vá, mamãs, já chega de brincar a gente grande que trabalha.
Vamos mas é para casa fazer o que melhor sabemos!
9 comentários:
A notícia referia-se ao CNE e (o que é pior) é claramente uma perversão do conteúdo. O que se limitou a ser uma orientação complementar a uma forma de reorganizar a escola (e que se referia tanto ao pai como à mãe), passou a ser um título referido unicamente às mães... Involuntariamente ou não, trata-se da perpetuação de um estereótipo e da naturalização de uma diferença cultural, da responsabilidade do próprio jornal.
Gajos e gajas, temas e dilemas, argumentações e discussões, um pouco de tudo para quem tiver a audácia de comentar!
http://audaciosos.blogs.sapo.pt
so mesmo um LOL nada mais a acrescentar olololo
gosto especialmente da tua apreciação: o pai... "tem de caçar" LOL
(afinal é o CNE a dar um tiro no pé ou o/a jornalista?vou ler...)
O documento original pode ser lido em: http://www.cnedu.pt/files/ESTUDO.pdf . E aí se diz exactamente, pág. 117 - ler para crer! :
"Por isso se reconhece cada vez mais, numa lógica de responsabilização social politicamente determinada, a necessidade das creches que deverão actuar sempre em estreita articulação com as famílias. Mas reconhece-se também que há outras modalidades de apoio que passam por um maior envolvimento das comunidades locais e por políticas que possibilitem à mãe uma maior permanência em casa"
sem mais comentários...
passou-me ao lado, esta notícia. acho que podemos voltar a ter o "curso de formação feminina" que existiu até 1974... :)
Pessoalmente, acho que a perpetuação do estereótipo está longe de ser o mais importante, acho que a educação das crianças, isso sim, é importante, e o pedido de políticas que permitam aos pais ficar em casa mais tempo, é totalmente adequado.
Ups, disse 'Pais', será que estou a criar um esterótipo?
Acho que há uma obsessão com estereótipos, o importante está a passar ao lado da discussão. A grande maioria das mulheres que conheço, não se sente discriminada, não acha que os homens sejam mais machistas que as mulheres são feministas(ou se acham, não o dizem), e parece-me que é uma pequena minoria das mulheres que sentem isso.
Adorei a prespectiva deste post!
É evidente que este país e este governo nos dão todas as condições para que a mãe fique em casa e além disso parece-me que é o indicado!!!
Sabem o q vos digo? O melhor é "bazar daqui para fora"!!
Que tal criar O Curso Superior - já que se criam tantos aos pontapés - de Mãe e Dona de Casa. :/
Que curso tens? O Curso Superior de Mãe e Dona de Casa.
Lindo!
Kisses
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