domingo, março 15

Quem canta consente (21)



"wearing my youth as a souvenir"
The Clits


Esta banda feminista actua, dia 28 MAR, a partir das 23h, no Insólito Bar (Braga). O concerto insere-se na Festa Feminista, promovida pelo núcleo de Braga da UMAR.

Razões para gostar de Lisboa

Cinema City, Alvalade, a projectar, em exclusivo:


e


(as imagens têm links. ide cuscar!)

sábado, março 14

Sobre o feminismo-punk

... e o concerto de ontem.

A iniciativa que decorreu na noite de 13 de Março, no Bar Porto Rio, envolveu a música, o movimento e bandas punk. Para dizer “Eu Não Sou Cúmplice” actuaram, num concerto de estreia, a banda “Frágil & The Alcoholic Friends” e, a abrir a noite, a banda liderada pela Speedy, os “Cabeça de Martelo”.

À volta da iniciativa criou-se alguma curiosidade e as questões das motivações da associação entre punk e feminismo não tardaram. Mas se pensarmos em ambos os movimentos, não será difícil perceber a sua associação. O punk é, na sua génese e na sua história, um acto de resistência, uma forma de luta contra o capitalismo selvagem, contra as desigualdades sociais, contra todas as formas de opressão. Se o objectivo do punk é uma sociedade mais justa e livre, isso não é alcançável se metade dessa sociedade – as mulheres – não o for, ou seja, se continuarem a ser tratadas desigualmente só porque são mulheres.

Mas este não é único ponto de união entre o punk e os feminismos. O punk é considerado, não raras vezes, música maldita – um conjunto de berros e ruídos face à melodia aceitável. Ora, as mulheres estão para o sistema de género como o punk está para a música. As mulheres que não se adaptam ao modelo hegemónico do ser (mulher-mãe, branca, de classe média e heterossexual) são tidas como o barulho, o ruído do sistema melodioso cujo som é necessário silenciar. É (também) por isto que o movimento punk e os feminismos têm tanto de comum, embora as suas acções tenham estado apartadas.

Apesar da existência de diversas bandas punk de mulheres (como são exemplo o movimento das riot grrrls), as bandas masculinas, aparentemente, nunca tiveram muito em conta a opressão das mulheres. Mas a realidade é que as bandas feministas lideradas por homens existem e é necessário que estas tenham voz pública e que possam usar a sua música em defesa da igualdade. É neste sentido que surge a actuação de “Frágil & The Alcoholic Friends” que dedicou a sua estreia, em concerto, à campanha da UMAR. Que esta seja a primeira de outras iniciativas conjuntas porque com a música, com o punk, nós resistimos e nos libertamos!

terça-feira, março 3

«Intimate migrations»*


Nem portuense (onde [re]nasci), nem feirense, nem vilanovense (onde vivi), nem conimbricence (onde estudo), nem lisboeta (onde trabalho e "vivo"). Nem, sequer, qualquer coisa de intermédio. Fui sempre - e inteiramente - fatiada, mas a coisa começa a exceder-se. Ainda que não pudesse ser melhor recebida, uma casa que seja sua precisa-se. E com urgência!

Doris Salcedo



*Nome do novo blogue da Deidré - paragem obrigatória.

Quem canta consente (20)



"Deceptacon"
Le Tigre

Razões para gostar de Londres (3)

Miró


e Bourgeois


[a justificar a ida à (fraquinha) Tate Modern]




Em Covent Garden, com Anne Taintor pelas prateleiras.
Quanto não vale ter amigas emigras!


E pub's com cervejas de tamanho astronómico e o mercado de Portobello e Soho e um amigo que oferece a casa e a British Library com uma exposição sobre as sufragistas e e e.
No regresso, uma certeza: desta vez, não voltarão a passar 10 anos até ao reencontro.

segunda-feira, março 2

Razões para gostar de Londres (2)

Camdon Town

As mil lojas, as barracas de comidas de todas as nacionalidades e feitios, góticos e punks a desfilar pelas ruas, a imensidão de línguas e linguagens, os cd's raros...

Oxford Street

... e as HMV para quem se perde na (des)organização dos vinis e cd's, nas lojas de Camdon Town.